
Longe de ser uma visão...
O terceiro disco traz geralmente consigo o som da maturidade, ou pelo menos era isso que se esperava.
De facto, Vision Valley está mais para clone de Highly Evolved que outra coisa qualquer. Sobreponha-se a estrutura de ambos os discos e encontrar-se-á o match perfeito. Para começar, a sonoridade “Vínica” mantém-se inalterada. Good old post-grunge. O que até podia ser uma boa notícia, se esta não fosse uma daquelas bandas cuja inconsistência desarma.
Por um lado, vislumbra-se fugazmente um rasgo de talento aqui e ali, por outro, em termos concretos, a banda nunca conseguiu superar a sua falta de coerência ou ao menos transformá-la em algo melhor.
Assim, de forma simpática, diria que os Vines se acomodaram à imitação de si mesmos, quando isso nem sequer era desejável. De forma antipática, diria que Vision Valley não acrescenta nada àquilo que já se conhece dos Vines. Por outras palavras, se conhecem algum dos álbuns anteriores já conhecem o suficiente.
Se ainda assim não querem passar ao lado do seu último trabalho, aqui ficam algumas impressões.
Num primeiro contacto com Vision Valley não podemos deixar de reparar que a banda continua a encarnar em si dois espíritos antitéticos: o de Kurt Cobain e do grunge; e o de "Richard Ashcroft júnior" com canções acústicas e melodiosas que não se coadunam (!) com as restantes. E é aqui que reside a incoerência desta banda. Quando nos habituamos à cópia desajeitada dum dos maiores vultos do Rock, eis que nos surgem, vindas sabe-se lá de onde, baladazinhas delico-doces.
Indo além desta constatação, que, de resto, tem marcado todos os trabalhos da banda, há que apontar que os Vines fazem, desta feita, uma perninha ao hype do momento.
O revivalismo da década de 60 faz uma aparição breve sob a forma de palminhas que compassam algumas canções iniciais (Anysound e Don’t Listen to the Rádio).
Vision Valley é um álbum fugaz em todos os aspectos, no sentido que se esgota com uma brevidade incrível. Até Gross Out (a faixa forte que soa a Get Free e a Silverchair do início ao fim) ouve-se com algum interesse e com algumas surpresas pelo meio, como Candy Daze. No entanto, Gross Out marca, sem dúvida, um ponto de viragem: dá-se uma explosão energética para o ar e a matéria dos Vines parece consumir-se toda transformando Vision Valley numa anã branca...
De facto, Vision Valley está mais para clone de Highly Evolved que outra coisa qualquer. Sobreponha-se a estrutura de ambos os discos e encontrar-se-á o match perfeito. Para começar, a sonoridade “Vínica” mantém-se inalterada. Good old post-grunge. O que até podia ser uma boa notícia, se esta não fosse uma daquelas bandas cuja inconsistência desarma.
Por um lado, vislumbra-se fugazmente um rasgo de talento aqui e ali, por outro, em termos concretos, a banda nunca conseguiu superar a sua falta de coerência ou ao menos transformá-la em algo melhor.
Assim, de forma simpática, diria que os Vines se acomodaram à imitação de si mesmos, quando isso nem sequer era desejável. De forma antipática, diria que Vision Valley não acrescenta nada àquilo que já se conhece dos Vines. Por outras palavras, se conhecem algum dos álbuns anteriores já conhecem o suficiente.
Se ainda assim não querem passar ao lado do seu último trabalho, aqui ficam algumas impressões.
Num primeiro contacto com Vision Valley não podemos deixar de reparar que a banda continua a encarnar em si dois espíritos antitéticos: o de Kurt Cobain e do grunge; e o de "Richard Ashcroft júnior" com canções acústicas e melodiosas que não se coadunam (!) com as restantes. E é aqui que reside a incoerência desta banda. Quando nos habituamos à cópia desajeitada dum dos maiores vultos do Rock, eis que nos surgem, vindas sabe-se lá de onde, baladazinhas delico-doces.
Indo além desta constatação, que, de resto, tem marcado todos os trabalhos da banda, há que apontar que os Vines fazem, desta feita, uma perninha ao hype do momento.
O revivalismo da década de 60 faz uma aparição breve sob a forma de palminhas que compassam algumas canções iniciais (Anysound e Don’t Listen to the Rádio).
Vision Valley é um álbum fugaz em todos os aspectos, no sentido que se esgota com uma brevidade incrível. Até Gross Out (a faixa forte que soa a Get Free e a Silverchair do início ao fim) ouve-se com algum interesse e com algumas surpresas pelo meio, como Candy Daze. No entanto, Gross Out marca, sem dúvida, um ponto de viragem: dá-se uma explosão energética para o ar e a matéria dos Vines parece consumir-se toda transformando Vision Valley numa anã branca...
A linha descendente é traçada e interseccionada por músicas que mais não são que barulho e só recupera na última faixa – Spaceship – uma balada ao nível de Country Yard, ou talvez melhor.
Algumas canções deste disco, individualmente, são boazinhas e pode dizer-se que superam músicas anteriores. O problema é o todo desajeitado e desunido, o juntar de parcelas desiguais que produz uma soma final tosca e confusa.
4.5/10
3 comentários:
Convido o autor deste blogue a visitar:
http://blogblogblogcinema.blogspot.com/
Participe.
lmarchao
Não ouvi ainda o disco... vou caçar. Mas pelo que escreveu e o que já ouvi nos discos anteriores, me pergunto se algum dia o The Vines fará algo a mais do que uma nota 5/6... :^/
"E é aqui que reside a incoerência desta banda. Quando nos habituamos à cópia desajeitada dum dos maiores vultos do Rock, eis que nos surgem, vindas sabe-se lá de onde, baladazinhas delico-doces."
Disseste tudo miúda, em relação a todas estas bandas tipo vines e strokada,hivada e o camandro. cópias desajeitadas...diria mesmo baratas mas enfim.
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