
O título, não muito auspicioso,assenta como uma luva a este álbum algo convalescente dos Placebo. E algumas letras ainda mais: Did you forget to take your meds? A pergunta paira.
Algumas faixas (não muitas, diga-se a bem da factualidade) elevam-se ao nível do interessante. Embora o disco no seu todo seja uma montanha russa constante: elevam-se do chão em faixas como Meds, Post Blue ou In the Cold Light of the Morning, para se despenharem irremediavelmente na faixa seguinte. E assim vão prosseguindo pelas treze músicas de Meds, enquanto o nosso dedo paira sobre o forward como uma ameaça constante.
De destacar a participação especial de Allison Mosshart, a.k.a VV dos Kills no single Meds que importa para o álbum a única dose de hook que será servida. O disco conta também com a participação de Michael Stipe dos igualmente dormentes R.E.M. em Broken Promise, a faixa que não aquece nem arrefece; começa bem, mas como as restantes faixas perde-se algures no caminho para o sucesso. Meds torna-se, a dada altura, penoso. Não só pela evidente falta de hook das músicas, como pelo facto de ser uma sombra de sucessos anteriores. Da mesma forma que não remedeia a dívida que os Placebo tinham perante os fans e a crítica,parece afundá-los mais na impressão negativa que tinha ficado de trabalhos anteriores.
Por outro lado, a conjuntura musical dos nossos dias não abraça este tipo de sonoridade que perdeu a sua actualidade. O seu momento passou. Estamos nos dias da Indi(e)ferença e talvez estejamos perante a crónica de uma morte anunciada. Certamente que o glam rock não estará em estado agonizante, mas os Placebo estão.
Perante um quadro desta natureza muitas bandas decidiram tirar a sabática. É uma saída airosa e a mais inteligente que se pode tomar.
Algumas faixas (não muitas, diga-se a bem da factualidade) elevam-se ao nível do interessante. Embora o disco no seu todo seja uma montanha russa constante: elevam-se do chão em faixas como Meds, Post Blue ou In the Cold Light of the Morning, para se despenharem irremediavelmente na faixa seguinte. E assim vão prosseguindo pelas treze músicas de Meds, enquanto o nosso dedo paira sobre o forward como uma ameaça constante.
De destacar a participação especial de Allison Mosshart, a.k.a VV dos Kills no single Meds que importa para o álbum a única dose de hook que será servida. O disco conta também com a participação de Michael Stipe dos igualmente dormentes R.E.M. em Broken Promise, a faixa que não aquece nem arrefece; começa bem, mas como as restantes faixas perde-se algures no caminho para o sucesso. Meds torna-se, a dada altura, penoso. Não só pela evidente falta de hook das músicas, como pelo facto de ser uma sombra de sucessos anteriores. Da mesma forma que não remedeia a dívida que os Placebo tinham perante os fans e a crítica,parece afundá-los mais na impressão negativa que tinha ficado de trabalhos anteriores.
Por outro lado, a conjuntura musical dos nossos dias não abraça este tipo de sonoridade que perdeu a sua actualidade. O seu momento passou. Estamos nos dias da Indi(e)ferença e talvez estejamos perante a crónica de uma morte anunciada. Certamente que o glam rock não estará em estado agonizante, mas os Placebo estão.
Perante um quadro desta natureza muitas bandas decidiram tirar a sabática. É uma saída airosa e a mais inteligente que se pode tomar.
Agora o discurso moralizador:
“Existem momentos na vida que, para não se ser recordado pelos períodos de decadência (estando já abafado o período áureo), há que saber parar enquanto ainda se tem nome. A saudade pode tornar-se uma de três coisas: um bom aliado, a pedra em cima do túmulo ou a certeza do mito”.
Muito embora esta última hipótese seja improvável…
5/10
“Existem momentos na vida que, para não se ser recordado pelos períodos de decadência (estando já abafado o período áureo), há que saber parar enquanto ainda se tem nome. A saudade pode tornar-se uma de três coisas: um bom aliado, a pedra em cima do túmulo ou a certeza do mito”.
Muito embora esta última hipótese seja improvável…
5/10
OUT: a capa. É um fantasma anoréctico ou o fantasma da anorexia?
8 comentários:
Mais uma vez um post muito bom!!! Realmente,quanto a este album,
mais valia ñ ter aparecido,deixando assim intacta a reputação da banda.Enfim o k ñ tem remédio, remediado está.(ms tb kem sou eu pra falar, nunca editei nenhum -_-)
Poderiam ter feito muito melhor tendo em conta que já lançaram um álbum como o "Black Market Music". Penso que o principal problema deste "Meds" é estar muito colado ao trabalho anterior, não deixando assim espaço para grandes inovações.
Já agora, o título que deste à crítica está igual ao meu :P
Peço desculpa =/.Vou corrigir
*Stares the screen red and embarrassed* :S
Tive a mesma impressão que a sua quanto ao novo disco do Placebo. Ele não me entusiasmou nem um pouco.
Apenas me deu vontade de ouvir as músicas antigas, como Pure Morning, Come Home, Every Me/Every You (ou vice versa) e outras lá atrás que me fizeram respeitar Molko e cia.
Continuo gostando muito de seus posts. :^))
Visite também meu blog. ;^)
Beijão!
Exacto! Foi isso mesmo. Tava a a ouvir o Meds e parecia tortura. De repente olho para o topo da lista e digo HE! vou ouvir as antigas!Lol.
Hei-de visitar sim ;)
*
Nota da autora:
Just so that you are clear:
A ideia de "indi(e)ferença" ou "indi(e)ferente" não é originalmente minha. Credits ao Body Space ( site q está nos links)e ao autor desta expressão a qual achei tão oportuna e perspicaz que não podia deixar de usar.
Falando em trocadilhos... você me lembrou agora de uma amiga minha que costumava chamar os Indies de "Indiezinhos" (de Índios de uma tribo que têm um comportamento bem peculiar).
;^)
Daniel: Já vi o teu blog! Right on! Bons gostos , boas sugestões.
Ah e ...White Rose Movement é BOM mesmo!;)
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