And now for something completely different

Antes de começar a escrever esta pseudo-coluna (porque ainda não estou inteiramente segura de que se trata, efectivamente, de uma coluna; que raios é uma coluna “canónica”?) meditei sobre qual seria o tema da reflexão desta semana. Senti-me dividida. Indecisa. E acabei por ceder a um desejo infame. Fazer uma coluna (ou lá o que isto é…) sobre o Benfica. Sim isso mesmo, leram bem. O Benfica x Liverpool,mais concretamente.
Perdoem-me as pessoas que julgaram ver em mim um mínimo de seriedade. Eu mesma não me reconheço. Eu, que tantas vezes tenho sido acusada de forma impiedosa de ser uma “benfiquista de trazer por casa”. Eu que tantas vezes tenho meditado maquiavélica e secretamente em mudar de clube ; ao ser confrontada com a noite dos Óscares nesta mesma semana, decido escrever sobre o Benfica (ainda que por linhas tortas e de forma completamente dupla).
Mas eu explico, não é uma questão clubista. Não é não. Juro pelas alminhas. É que receio bem não ter a idoneidade e conhecimentos necessários para escrever algo decente sobre a noite dos Óscares . Além disso, e com toda a franqueza, falta-me a paciência para falar extensivamente em feiras de vaidade à americana. E não é a minha jurisdição.Ponto final.
Por isso, resolvi falar de como estou deslumbrada, agora que finalmente um vento “epifânico” soprou sobre mim, pelo Estrela da Amadora. Sim, isso mesmo. E perguntam vocês (os que perguntam…). Porquê? E eu respondo.
Porque o Estrela da Amadora é o maior clube de Portugal.
Liverpool? Qual Liverpool? O Liverpool é apenas - e só - um wannabe. Mas o Estrela? O Estrela não. O Estrela é “the real thing”…”even better than the real thing” eu diria.
Senão, como se poderia explicar que estejamos nos quartos de final e tenhamos sido derrotados pelo Estrela? A resposta é obvia.Ora, bolas.
Depois há toda uma trupe "óloga"- sociólogos, antropólogos e psicólogos - que sustenta que o futebol é uma questão de testosterona. Mas eu acho que o Estrela não precisa disso.
E bem é tudo, ninguém suporta fazer figura de ursa por mais do que trezentas e oitenta palavras.

P.S. Livrem-se de me “pespegarem” para aqui com comentários do género “Este ou aquele clube é o melhor". Eu sei onde vocês moram.

Dedico esta chinfrineira a todos os "benfiquistas de trazer por casa" ou seja, todos aqueles que não desgraçam a "vermelhidão" com atitudes como baptizar filhos com o nome de Eusébio, registá-los como sócios antes mesmo de terem nascido, pintar tectos de vermelho e/ou conduzir carros vermelhos com o cachecol dependurado, fazendo dos benfiquistas uma raça muito pouco digna.