O terceiro álbum dos Strokes está aí, finalmente, após dois anos e alguns meses de espera. As expectativas eram algumas e saíram algo goradas. Em certa parte pela qualidade de álbuns anteriores. Por outro lado devido àquilo que me parece ser uma ligeira adulteração como quem mistura água a um vinho de qualidade, na esperança que ele se multiplique sem perder propriedades.
O som quase experimental de banda de garagem que tão bem os tem representado continua lá, mas a sua pureza sumiu-se. Desta feita, parece ter havido um esforço de auto-indução, as melodias não flúem naturalmente. Tentam, a todo o custo imitar-se a si mesmos, sem que daí advenha o resultado esperado.
Ainda assim estão presentes algumas higlights – não muitas,no terceiro dos Strokes.
É um trabalho muito comedido este First Impressions of Earth, e não no melhor sentido da palavra. Entre essas faixas mais “douradas” encontra-se o já single Juice Box, que se inicia evocando a melodia dos Chemical Brothers (os espiões, leia-se). Os decibéis elevam-se tanto quanto o costume fazendo dela o bastião deste trabalho. Em todo o caso não é uma cantiga tão memorável quanto isso.
De destacar a “baladinha” da praxe, bem ao estilo de álbuns anteriores, You Only Live Once, que, ou bem me engano, ou “copiou” a sua batida inicial da música dos Queen, I Want to Break Free (felizmente, as semelhanças terminam por aí). Evening Sun é também algo muito Stroke-like, ainda bem. Vision of Division – smells like Nirvana spirit...se bem que, a dada altura, somos trazidos para dentro de um furacão de areia, um devaneio “oriental” de guitarra qual Lawrence das Arábias.
Ize of the World é a faixa mediana que se cola à memória, talvez não perdure, mas satisfaz momentaneamente. Ainda o slow revivalista - 15 Minutes - estilo música de baile, dá o seu ar de graça, tendo uns pozinhos de música tradicional, com o devido update.
Em suma, existem faixas boas, mas não é atingido, em momento algum o nível do excepcional.
Pelo contrário, a maioria das melodias é repetitiva e esgota-se em si mesma. A repetição torna-se, em simultâneo, o que a cantiga poderia ter de potencial e a sua aniquilação. Exemplos dessa “autodestruição” são faixas como Ask me Anything, On the Other Side entre outras, perfazendo um total muito superior ao aceitável.
É um álbum em que se contam pelos dedos as melodias prazenteiras, e em que as restantes são dispensáveis.
Em suma, existem faixas boas, mas não é atingido, em momento algum o nível do excepcional.
Pelo contrário, a maioria das melodias é repetitiva e esgota-se em si mesma. A repetição torna-se, em simultâneo, o que a cantiga poderia ter de potencial e a sua aniquilação. Exemplos dessa “autodestruição” são faixas como Ask me Anything, On the Other Side entre outras, perfazendo um total muito superior ao aceitável.
É um álbum em que se contam pelos dedos as melodias prazenteiras, e em que as restantes são dispensáveis.
As faixas fracas são ofuscadas de tal maneira pelas mais fortes, que seria de considerar o alinhamento do álbum de uma outra forma que não colocasse isto em evidência de forma tão prejudicial para o álbum.
Os Strokes caíram do altar.
Os Strokes caíram do altar.
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6 comentários:
Ah sim, eu sou só um tipo que anda por todo o lado de passagem. Já agora aproveito para dizer que os strokes são uma coisa... Bastante má. Anyway o ultimo disco deles, ao menos não está com o ar "ah nós somos muita bons e vamos revolucionar tudo". O "is this it2 estava e era, objectivamente, um bocado mau. Para dizer o mínimo. Bem mas isto sou eu. Porta-te miuda.
Ah sim e a "You only livre once" é ,de longe, a melhor música do disco. Pelo menos para mim. A "razorblade" também se ouve. O resto é enfadonho.
Realmente axo k tens razão este album está muito fraquinho para uma banda que nos habitou a sermos exigentes de qualquer maneira duas ou três musicas ainda escapam. É verdade, fico a espera da tua critica aos grandes Arctic Monkeys!
pois eskeci-me de me identificar lol. fika bem
Vês,não doeu muito pois não?
Agora que atestaste que o processo de comentar é na realidade indolor, podes fazê-lo mais vezes ;)
Beijo
A dos Arctic está para breve, vou sincronizá-la com a saída do próprio cd :) (cheia de truques lol)
O Is This It de facto não é notável, mas o Room On Fire é quite something.Como pano de fundo para este First Impressions faz ressaltar -ainda mais - a descida O_o.
Foi bom enqto. durou :) lol
Brigada pelos coments!
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