Employment – Kaiser Chiefs
Este é um álbum frenético do início ao fim tendo apenas alguns interregnos no incessante ritmo dançante que inspira – por vezes tão frenético que se torna cansativo –.
Ainda assim não deixa de ser um trabalho com todas as características de um álbum de Verão, que não, não é um álbum memorável sob nenhum ponto de vista. Mas,inexplicavelmente, não conseguimos parar de ouvi-lo: provoca uma certa adicção.Sim cansa, mas se forem feitas pausas nesta espiral , a diversão está assegurada. Um dos aspectos mais bem conseguidos (que pode muito bem ser simultaneamente a sua maior fraqueza) é o facto de praticamente (pronto, queria dizer todas) as músicas serem potenciais singles; o que não tem de ser necessariamente mau, não sendo também necessariamente bom. O facto é que bom ou não, reforça este álbum como um todo. Nele não existem músicas menos animadas, apenas menos barulhentas. O que, insisto, não tem de ser necessariamente mau.
A utilização dos sintetizadores, o ritmo marcado pelas pandeiretas e o piano situam este trabalho no universo dos 70. As melodias repetitivas e a utilização sucessiva de refrães, letras sobre raparigas e amores que acabam mal transportam-nos para a atmosfera típica dos Beatles, ainda que a este ingrediente tenham adicionado uma pitada de punk e o vulto upbeat da new wave.
Nunca ocorre “uma mudança de política” ao longo de Employment, a banda escolheu um registo e manteve-se fiel a ele. Será isto redutor, monogamia estilística, ou simples incapacidade para fazer algo diferente?
A ver vamos no próximo trabalho dos Kaiser Chiefs.
3 comentários:
Eu acho o álbum muito bom, não concordo muito quando dizes que é cansativo.
Acho é que na última parte perde um pouco a punjança e o ritmo.
Eu vi os KC a 14 de Agosto passado, no Estádio de Alvalade, a fazer a primeira parte dos U2. Sinceramente, não joguei muito à bola com eles. Tocaram quase duas mãos cheias de canções que não me disseram nada, apesar de numa ou noutra terem conseguido por uma parte do estádio mais activa, ou menos inerte (já na fase do desespero "vão se lá embora porque não são vocês quem queremos ouvir") a bater palmas ou a saltar. Mas nada mais que isso. Ao fim daquela meia hora, as canções já me pareciam todas iguais, e o vocalista a saltar e sem sabar para que lado do palco ir ou o que fazer já me estava a enervar solenemente com aquele british accent.
Conclusão, já vi pior, mas fiquei descansado por terem sido apenas eles e que os chatarrões e melosos dos Keane (que também iam fazer primeira parte) tenham cancelado. Ohhh, que pena!...
O k é certo é k o charme desta banda consiste, em parte, no seu british accent e no ar de "canastrão" do vocalista ou até mesmo de algumas indumentárias de membros do grupo..lol
O facto é k p/ o bem ou o mal é impossivel ficar indi(e)ferente =)
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